Busca por medicamento para H1N1 preocupa conselhos de farmácia

11 de abril de 2018

O aumento da ocorrência de casos de H1N1 um pouco mais cedo tem preocupado profissionais da área da saúde. Os registros costumavam se tornar mais frequentes em março, abril e maio, mas neste ano já em fevereiro foi possível perceber a alta no número de pacientes infectados com a influenza tipo A. O H1N1 tem sintomas parecidos com a gripe comum, mas as complicações bem mais graves podem levar à morte do paciente.

O último boletim no estado de Goiás confirmou 44 casos da doença com três mortes. A falta de vacina na rede pública e privada em Goiânia tem levado pessoas a procurem as farmácias em busca do medicamento Tamiflu. Os conselhos Federal e regionais de Farmácia alertam para a necessidade do uso racional desse medicamento. A especialista em Assistência Farmacêutica na Atenção Básica, presidente do Conselho Regional de Farmácia de Goiás, Lorena Baía, lembra que o medicamento só pode ser vendido com prescrição médica e para casos específicos. Ela destaca que é importante que os profissionais da saúde sigam os protocolos para a prescrição do Tamiflu, pois ele não é um antigripal comum e sim antiviral. “Esse medicamento tem indicação para paciente que têm síndrome gripal com fator de risco para complicações ou síndrome respiratória aguda grave. Então é para aqueles pacientes que têm esses dois diagnósticos ou que fazem parte grupo de risco, as gestantes, idosos, crianças menores de cinco anos, os portadores de doenças crônicas e os imunodeprimidos”.

O tamiflu possui como princípio ativo o oseltamivir e é um dos poucos medicamentos indicados para o tratamento da gripe H1N1. Para a Lorena Baía, a preocupação é que o uso do medicamento de forma indiscriminada torne o vírus resistente.

“O vírus pode sofrer mutação e passar a ser mais resistente aos efeitos do Tamiflu. É bom destacar que o uso indiscriminado também pode levar ao desabastecimento do medicamento nas unidades de saúde, fazendo com que pacientes que têm uma real necessidade de uso fiquem sem o medicamento gerando assim ao agravamento do caso e podendo levar esses pacientes ao óbito por falta de tratamento. Então, temos um problema de saúde pública que pode ser ocasionado em função dessa busca desenfreada do medicamento nas farmácias e nas unidades de saúde”.

Os sintomas do H1N1 são muito parecidos com o de uma gripe comum. Mas a dificuldade respiratória e a febre súbita pode indicar um caso de influenza A. Como a contaminação ocorre a partir de gotículas no ar é importante evitar locais de grande aglomeração; manter ambientes ventilados; lavar sempre as mãos e usar álcool em gel 70%.

Ouça o áudio dessa e de outras matérias na Rádio News Farma: www.newsfarma.org.br/.

Fonte: CFF

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